quinta-feira, 21 de junho de 2007

Nem toda brasileira é só bunda


Estes dias recebi por email um texto (depoimento) de Rita Lee. Se é realmente de autoria dela eu não posso confirmar, mas gostei tanto que estou repassando aqui para quem quiser dar uma olhada.

“Eu tinha 13 anos, em Fortaleza, quando ouvi gritos de pavor.
Vinham da vizinhança, da casa de Bete, mocinha linda, que usava tranças.


Levei apenas uma hora para saber o motivo. Bete fora acusada de não ser mais virgem e os irmãos a subjugavam em cima de sua estreita cama de solteira, para que o médico da família lhe enfiasse a mão enluvada entre as pernas e decretasse se tinha ou não o selo da honra.

Como o lacre continuava lá, os pais respiraram, mas a Bete nunca mais
foi à janela, nunca mais dançou nos bailes e acabou fugindo para o Piauí,
ninguém sabe como, nem com quem.

Eu tinha apenas 14 anos, quando Maria Lúcia tentou escapar, saltando o muro alto do quintal da sua casa para se encontrar com o namorado.
Agarrada pelos cabelos e dominada, não conseguiu passar no exame ginecológico.

O laudo médico registrou vestígios himenais dilacerados e os pais internaram a pecadora no reformatório Bom Pastor, para se esquecer do mundo.

Realmente se esqueceu, porque acabou morrendo tuberculosa.

Este episódios marcaram para sempre a minha consciência e me fizeram perguntar que poder é esse que a família e os homens têm sobre o corpo das mulheres?

Poder que, ontem, era para mutilar, amordaçar, silenciar.

E que, hoje, é para manipular, moldar, escravizar aos estereótipos.

Todos vemos, na televisão, mulheres torturadas por seguidas cirurgias plásticas. Transformaram seus seios em alegorias ridículas para entrar na moda da peitaria robusta das norte americanas.


Entupiram as nádegas de silicone para se tornarem rebolativas e sensuais, garantindo bom sucesso nas passarelas do samba.

Substituíram os narizes, desviaram costas, mudaram o traçado do dorso para se adaptarem à moda do momento e ficarem irresistíveis diante dos homens.

E, com isso, Barbies de farmácia, provocaram em muitas outras mulheres - as baixinhas, as gordas, as de óculos - um sentimento de perda de auto-estima.

Isso exatamente no momento em que a maioria de estudantes universitários (56%) é composto de moças.

Em que mulheres se afirmam na magistratura, na pesquisa científica, na política, no jornalismo.

E, no momento em que as pioneiras do feminismo passam a defender a teoria de que é preciso afeminar o mundo e torná-lo mais distante da barbárie mercantilista e mais próximo do humanismo.

Por mim, acho que só as mulheres podem desarmar a sociedade. Até porque elas são desarmadas pela própria natureza.

Nascem sem pênis, sem o poder fálico da penetração e do estupro, tão bem representado por pistolas, revólveres, flechas, espadas e punhais.

Ninguém diz, de uma mulher, que ela é de espadas.

Ninguém lhe dá, na primeira infância, um fuzil de plástico, como fazem com os meninos, para fortalecer sua virilidade e violência.

As mulheres detestam o sangue, até mesmo porque têm que derramá-lo na menstruação ou no parto.

Odeiam as guerras, os exércitos regulares ou as gangues urbanas, porque lhes tiram os filhos de sua convivência e os colocam na marginalidade, na insegurança e na violência.

É preciso voltar os olhos para a população feminina como a grande articuladora da paz.

E para começar, queremos pregar o respeito ao corpo da mulher.

Respeito às suas pernas que têm varizes porque carregam latas d'água e trouxas de
roupa.

Respeito aos seus seios que perderam a firmeza porque amamentaram seus filhos ao longo dos anos.

Respeito ao seu dorso que engrossou, porque elas carregam o país nas
costas.

São as mulheres que irão impor um adeus às armas, quando forem ouvidas e valorizadas e puderem fazer prevalecer a ternura de suas mentes e a doçura de seus corações.


"Nem toda feiticeira é corcunda. Nem toda brasileira é só bunda."

sexta-feira, 8 de junho de 2007

Leitura para todos

Criar o hábito da leitura em crianças não é fácil, mas se houver empenho dos pais e educadores a criança aprende a gostar e se sente estimulada a continuar. É na leitura que ela aprenderá a escrever corretamente e coordenar suas idéias, o que facilitará sua vida acadêmica e profissional. É na leitura que ela descobrirá o prazer do conhecimento e das novas experiências. Ou mergulhará no mundo dos sonhos e da fantasia. Nada melhor para as crianças do que conseguir soltar a imaginação, sem limites para voar. É a magia da leitura...

quinta-feira, 7 de junho de 2007

Simplesmente divino




Voltei de viagem, e como não poderia deixar de ser, estou com gostinho de quero mais...

Não é para menos... Fortaleza é show!!!
Sol, calor, praia e água de coco nesta época do ano nos deixa em estado de êxtase. Principalmente pra mim, que moro na serra. É frio o ano inteiro.
É por isso que a vida vale a pena. São surpresas fora de hora, que tornam o dia-a-dia menos estressante e mais aceitável.
Fomos para o aniversário do Victor (fez 7 anos) e valeu super a pena!
O hotel do Beach Park é ótimo, principalmente para quem vai com vai com crianças, como o meu caso. Além do Victor, tenho o Inacio (1 ano e 10 meses). Lá tem clubinho pra os kids, animação o dia inteiro e a noite os recreadores tratam de entreter os pequenos. Essa coisa de hotel pé na areia é o que há de melhor.... se cansou da praia, vai pra piscina. e vice-versa. Nesse caso ainda tínhamos a opção do parque de águas, que é simplesmente divino.
Todos nós aproveitamos muiiiiito. Os primos foram também, então a festa estava armada.
Gostamos tanto desses dias que já estamos pensando em voltar logo, logo.
Quem sabe pro Revéillon!