terça-feira, 31 de julho de 2007

Vivendo e aprendendo

Andei meio sumida os últimos dias, mas agora estou de volta...
Passei estes dias de "mãe em período integral" aproveitando os meus pequenos num giro pelo Rio de Janeiro. Pensei que iria aos shoppings todos aproveitar a liquidação de inverno, ao cinema com o maridão ver o filme Paris Je T´aime (que estou doida pra ver) e quem sabe curtir a praia, o sol e as águas gélidas do mar da Barra. Mas o que mais fiz não foi nada disso... O sol não saiu, o filme não foi visto, e eu não circulei pelos shoppings lotados...
Este final de semana só deu pra ficar em casa vendo DVDs, acompanhando as últimas provas do Pan e preparando pipoca para a criançada. A chuva e o frio castigaram o Rio e eu que já ando meio sem paciência para lugares cheios acabei ficando na casa. Mas até que foi bom. Pude ver os corpos sarados dos atletas do pan e perceber o quão distante estou deste mundo aeróbico!!! O que é isso gente! Quanta perna sem celulite, quanto glúteo sem flacidez, quanta garra e energia! Foi um tratamento de choque para mim... já estou pensando até em me matricular pela centésima vez em uma academia. Quem sabe consigo reverter a ação da gravidade, da gravidez e me preparar para um futuro mais saudável?



Também aprendi com o Pan, que a gente não pode negligenciar nenhum minuto em nossas vidas. O último segundo, muitas vezes, é crucial para a gente alcançar nossos objetivos. Sem meta, nem perseverança, ninguém consegue levar ouro. Pra mim, que nem sou muito chegada em esporte, a cena mais marcante deste Pan foi ver a corredora brasileira (não me lembro o nome), que vinha liderando a prova, ter perdido no último instante a prova para outra brasileira, que vinha logo atrás e passou sua frente. A decepção dela foi tão grande em ver o ouro se distanciando, que ela simplesmente diminuiu a marcha e de repente foi ultrapassada novamente, só que pela terceira colocada, uma mexicana. Em poucos segundos, a mexicana cruzou a linha de chegada e ganhou a medalha de prata... enquanto nossa conterrânea teve que se contentar com o bronze, por causa de um vacilo. Literalmente, o maior vacilo da história das corridas.


E, infelizmente, no nosso mundo, são essas provas de garra e determinação que fazem toda diferença. Não importa que tenha ocorrido numa prova de atletismo, essa lição vai ficar por toda vida. Quantos anos de treino, de exercício, de busca para romper seus próprios limites, quanta dedicação e abdicação esta atleta não deve ter passado, para no último segundo deixar passar a vitória por suas mãos...assim, suavemente. Sem tempo de dizer adeus. O mérito maior acabou sendo da mexicana, que não desistiu em momento nenhum, mesmo quando o segundo lugar lhe parecia tão distante e inatingível. "Coisas do esporte", diz meu marido...

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