Ir à praia com crianças é diversão garantida. Para eles, é lógico! Eles vão amar as brincadeiras na areia, a água do mar e ficar livre por alguns instantes.
Nós, mães, ficamos alertas e preocupadas o tempo inteiro, com o vai-e-vêm dos pequenos e dos "grandes", com o protetor solar que vazou na bolsa, com a canga que teima em ficar cheia de areia e com a água que pode estar poluída.

- Afff... praia não foi feita para relaxar. (Pensei)
É um dos momentos mais estressantes para uma mulher com duas crianças. (Aviso!)
Pelo menos foi o que aconteceu comigo, dia desses. No meu caso, fui na companhia do marido, mas enquanto ele procurava um vaga para deixar o carro, meus 15 minutos sozinha com os
kids foram de pura adrenalina.
O mais velho, de 7 anos, já foi logo tirando a roupa e se jogando no mar. Apesar de não estar sol, o dia foi quente e um banho de mar era a melhor pedida. O mais novo, de 2 anos, ainda tem medo das ondas e ficou mais acanhado. Aceitou ficou por perto. Até que avistou uns pombinhos procurando biscoitos na areia. Pronto! Foi um tal de correr atrás dos bichinhos, gritando piu..piu... piu..piu!
E, quanto mais corria, mais os pássaros voavam... e para bem longe. Não sabia o que fazer, nem para quem olhar. Ficava o tempo todo virando o rosto em direções opostas. Enquanto um se esbaldava na água, o outro corria a areia em busca de diversão.
E eu pra lá e pra cá. Parecia cego no meio do tiroteio. Gritava feito doida, para o Victor não ir muito para o fundo e para o Inacio não correr tanto. As pessoas ao redor achavam tudo bonitinho.

- Uma gracinha!
- Como ele corre!
Acompanhar o pique de uma criança de dois anos pode parecer moleza. Até pode ser para quem só observa, ou que está em forma! O que não é o meu caso! Definitivamente!
E todo mundo sabe que correr em areia é duas vezes pior, que correr no asfalto. E fazer isso preocupada com o outro que estava na água, é estresse certo.
Já estava pensando que tinha feito o pior programa do mundo, quando Inacio resolveu entrar na água. Ele já estava pronto, mas eu ainda não havia tirado o short e a camiseta. E agora? Não queria ter que entrar assim, correndo, sem nem poder me ajeitar. Mas, mãe não tem vez e lá fui eu mergulhar nas águas quase poluídas do Leblon. Sem poder olhar para os lados e ajeitar cuidadosamente o biquini e outras cositas. Que sufoco!!!
Quando consegui entrar na água, tive a melhor visão dos tempos. Meu marido, enfim, vinha ao nosso encontro. Foi um bálsamo para o meu espírito. Agora, sim, poderia relaxar e aproveitar um pouco a praia. Pelo menos por alguns minutos consegui achar a vida maravilhosa.