terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Natal de recordações

Chega esta época do ano e é sempre a mesma agonia...
Nunca sei como, onde e com quem vou passar o Natal. Depois que meu pai morreu, minha família começou a se dispersar gradativamente. Para falar a verdade, não sei nem se foi o próprio destino que tratou de afastar as pessoas mais próximas. Sei lá...
Atualmente, Natal é uma data para recordar o passado. Não quero parecer piegas, mas Natal bom é quando a gente é criança e curte a fantasia natalina e todos seus encantos.
Hoje, vejo o Natal como uma data a mais para o comércio fazer a festa.

Tento manter alguns costumes para que meus filhos tenham boas recordações do Natal. Monto a árvore todos os anos e enfeito a casa toda. Crio um calendário natalino para as crianças, no qual todos os dias o "papai noel" deposita uma lembrancinha. É uma das coisas que ainda me dá prazer em fazer.
Mas, quando chega o dia de comemorar, seja o dia 24 ou 25 de dezembro, não me sinto muito à vontade. Bate uma deprê e o mundo fica meio nebuloso.
Me lembro dos natais que passei na Alemanha, perto dos parentes paternos, e a recordação é uma das melhores. Os biscoitos preparados com bastante antecedência e armazenados em caixas de metal para apurarem o sabor, são uma das relíquias que guardo na memória. Eu e meu irmão íamos escondidos ao porão para tirar os biscoitos, que só poderiam ser comidos aos domingos, durante o advento de Natal. Era uma aventura deliciosa. Só de pensar nos biscoitos, fico com água na boa.
Havia os de amêndoas em formato de estrela, com cobertura de açúcar cristalizado. Os de nozes, os de avelãs, alguns recheados com geléia de framboesa e de damasco, outros tantos amanteigados e uma infinidade de formatos... enfim, um deleite para a alma, para o paladar e para os olhos.
Voltar ao passado é sempre bom, ainda mais voltar à infância. Sei que nostalgia em excesso não faz bem e por causa disso tento não pensar muito no assunto, mas, às vezes, fica inviável ser racional. Fantasiar e sonhar não custa nada!

11 comentários:

disse...

Moça, também vejo o natal como uma data comercial.
Quando era criança tinha toda aquela ilusão e era tão bom!

Tem meme pra vc lá em casa, mas faça-o quando der!

Beijocas!!!

Anônimo disse...

Tava passando e lendo como costumo fazer nos demais blogs.
É, quando temos a fantasia da infancia tudo é mais bonito, quando tornamos-nos conscientes da realidade parece que tudo se transforma. E aquilo que outrora vivemos não se passam de lembranças de momentos jamais esquecidos.
Mas não devemos deixar nunca de acreditar, acreditar que podemos ter passado por frustrações e distanciações que não esperavamos, mas que apesar disso devemos sempre buscar a felicidade que está no ar, no sorriso de quem amamos, no olhar das crianças, e em outros lugares ainda ocultos esperando que encontremos-os.

paz ;*

Anônimo disse...

Tava passando e lendo como costumo fazer nos demais blogs.
É, quando temos a fantasia da infancia tudo é mais bonito, quando tornamos-nos conscientes da realidade parece que tudo se transforma. E aquilo que outrora vivemos não se passam de lembranças de momentos jamais esquecidos.
Mas não devemos deixar nunca de acreditar, acreditar que podemos ter passado por frustrações e distanciações que não esperavamos, mas que apesar disso devemos sempre buscar a felicidade que está no ar, no sorriso de quem amamos, no olhar das crianças, e em outros lugares ainda ocultos esperando que encontremos-os.

paz ;*

Beth Blue disse...

Eu me sinto exatamente como você na época natalina...ainda mais morando no estrangeiro! O que salva é que os amigos brasileiros sempre se reunem pra uma ceia informal no dia 24. E eu sempre me esforço em decorar uma árvore de natal pro meu filho ( se fosse só pra mim ela ficaria guardada na caixa).

E quanto aos tais biscoitos, você certamente está falando das famosas Lebkuchen né...delicatesse alemã!!! Me lembro que comprei um monte quando estive há cerca de 3 anos numa feira de natal em Dusseldorf. Acredite se quiser mas aqui na Holanda não tem...:-(

Anônimo disse...

Sei como é, Andrea! O Natal voltou a ter sua graça porque meu menino de 3 anos curte e aí decorei a casa, fazemos o "countdown" pra chegada do "Papaiel" como ele diz, escrevemos a cartinha pedindo os brinquedos... Mas fora isso tb não me entusiasmo da mesma maneira como quando era criança... Eu enho de família grande e os Natais sempre foram memoráveis...

bjs

Isabella @ http://temquemgoste.wordpress.com

Unknown disse...

Oi Dedéia: Deixa eu te dizer o que acho: assim como o SEU natal foi maravilhoso na sua infância, é seu trabalho fazer os de seus filhos serem também. Vc já está fazendo isso, mas precisa deixar a tristeza de lado pela dor da perda do passado e se envolver na felicidade de ter uma nova família, linda, que festeja com vc o natal, onde vc é a rainha da casa, o centro do amor de seus filhos e seu marido. Quando comecei a pensar assim, isso fez toda a diferença! Hoje acho que os meus natais são tão felizes quanto os de outrora, pois nada como ver os olhos dos meus filhos brilhando a espera do papai-noel...

Andrea Drewanz disse...

MUITO OBRIGADA!!!
A todas amigas (Ká, Suh, Beth, Isabella e J.) que dixaram sua opinião neste post...
Vocês ajudaram mais do que imaginam.
Espero que eu consiga resgatar um pouco do que ficou perdido no tempo.
Bjks.

Arnaldo Heredia Gomes disse...

Minha sensação em relação ao natal é muito parecida com a sua. lembro-me que gostava muito dele, quando era criança. Depois, me desinteressei. Voltei a gostar quando a Cecília ainda era criança. Agora, ela está com 20 anos e ele voltou a não ter significado pra mim. Aliás, significado mesmo, ele nunca teve, já que não sou religioso.

Todo ano, me enche um pouco aquela coisa de ceia exagerada e almoço com as sobras da ceia exagerada. Gosto mesmo é de passar só com a Clélia e a Cecília. Este ano, resolvi inovar. Chamei meu pai, minha irmã e as crianças pra virem pra casa. Vou fazer um jantar e um almoço que sejam, realmente especiais. Quero que sejam especiais por serem diferentes de tudo o que se convenciona fazer. Sem peru, sem pernil, sem bacalhau. Dá pra ser muito mais criativo que isso.

martina disse...

ah, eu sempre faço biscoitos. e stollen, receita da minha vó. a casa inteira fica cheirando a mel, amêndoas, baunilha e canela... uma delícia. essa função de fazer é muito melhor do que comer.

bah, tu acredita que esse ano ganhei um calendário de advento? juro. pra cada dia, um chocolatinho. boas lembrancas mesmo.

martina disse...

qual a receita que tu quer?
te passo, claro. se puder ser em alemao, mais fácil ainda. nem preciso traduzir.

martina disse...

zimtsterne eu nunca fiz.
EL= colher de sopa
;)