Parei hoje para pensar e percebi como a gente vai formando um círculo de amizades pela blogosfera e nem se dá conta da extenção disso. Acaba descobrindo pessoas bem legais, interessantes, com afinidades parecidas e gostos semelhantes. Convivemos diariamente com seus pensamentos, suas dúvidas, seus medos, suas alegrias, suas descobertas, suas crenças, suas convicções, seus amores, e mesmo sem conhecer pessoalmente, a gente acaba criando elos...
A vida de cada um vai se revelando pouco a pouco e começamos a fazer parte do seu universo também. Sem perceber, estamos formando laços de amizade e cumplicidade. Nos tornamos muitas vezes mais próximos e íntimos, do que um amigo que vive do nosso lado ou está ao nosso alcance.
A troca de comentários se transformam em diálogos virtuais, onde todos falam o que querem sem receio algum. Acredito que sejam opiniões sinceras, de pessoas que não tem porque mentir, nem comentar quando não estão a fim. É uma relação transparente, sem cobranças, tão frequentes no nosso dia a dia e que muitas vezes acabam detonando os relacionamentos.
Muitas vezes a gente escreve um blog sem saber direito no que vai dar e se alguém vai ler. É um espaço único e você faz dele o que quiser.
Alguns começam como um desabafo e acabam como terapia. E nesta viagem de auto-conhecimento acabamos fazendo descobertas, mudando de opinião, cultivando amizades e revendo valores. É uma maneira de viver incógnita, mas presente, num mundo cada vez mais globalizado. Vivemos um paradoxo! As pessoas mais próximas de nós e de nossos pensamentos estão geograficamente mais distantes, impossíveis de se encontrar para um bate-papo. Já as que vivem por perto e estão disponíveis acabam sendo as mais superficiais e desinteressantes. Vai entender...
Bem, estou aqui divagando, mas não é à toa. Estou neste blá-blá-blá por um único motivo, que mexeu muito comigo e nem sei explicar bem o porquê. Soube ontem (atrasada) que o marido da Fal, uma blogueira conhecida aqui no Brasil, faleceu. Não era leitora assídua do blog dela, visitava só de vez em quando, mas fiquei comovida com a quantidade de pessoas que se solidarizaram com seu sofrimento. Tinham amigos e leitores anônimos, que só se revelaram para dividir a dor do momento, como eu. Achei impossível passar pelo blog e não deixar um recado. Era o mínimo que podia fazer. Apesar dela morar em São Paulo e eu no Rio de Janeiro, parece que fazemos parte do mesmo universo, pertencemos a mesma aldeia "blogal". E isso fez toda a diferença.
3 comentários:
Genial, Andrea! Vc foi quem melhor conseguiu descrever essa dinâmica. Eu penso sempre nisso, mas ainda não consegui organizar as idéias com tanta clareza. Mas não preciso mais, tá tudo aí ;-)
(Pois é, esse assunto me fascina - minhas amigas mais próximas, todas vieram através do blog!)
:-*
Esta dinâmica é mesmo fantástica, tenho percebido cada vez mais nos últimos tempos. A gente começa a conhecer um pouco da vida das pessoas, ler suas idéias e opiniões e quando percebe, vai se conectando aos amigos dos amigos, através da indicação de links de blogs de amigos e por aí vai. E assim o círculo cresce a cada dia.
Muito interessante mesmo! E a Annix aqui de cima não apenas é uma grande amiga blogueira como amiga de carne e osso mesmo (tenho a sorte de morarmos na mesma cidade!!!).
beijos do outro lado do Atlântico...
Que sorte a de vocês duas!
Uma amizade além das fronteiras físicas e geográficas...
Beijos
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